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O ANIVERSÁRIO DE CRISTO

“Porque; a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? E quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos adorem”, Hebreus 1:5-6.

“Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”, Salmos 2:7.

“O Senhor Jeová me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás. As minhas costas dou aos que me ferem, e as faces aos que me arrancaram os cabelos; não escondo a minha face dos que me afrontam e me cospem. Porque o Senhor Jeová me ajuda, pelo que me não confundo; por isso pus o meu rosto como um seixo, e sei que não serei confundido. Perto está o que me justifica; quem contentará comigo? Compareçamos juntamente: quem é meu adversário? Chegue-me para mim. Eis que o Senhor Jeová me ajuda; quem há que me condene? Eis que todos eles como vestidos se envelhecerão, e a traça os comerá”, Isaías 50:5-9.

“E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais Deus a cumpriu, a nós, seus filhos, ressuscitando Jesus; como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei”, Atos 13:32-33.

“Sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus”, Romanos 6:9-10.

“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Aqueles que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”, Apocalipse 1:5.

Meu tema é o aniversário de Cristo, mas meus textos não são os que você esperava que fossem. Este é o dia universalmente considerado como o aniversário de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Comparativamente poucos admitirão outro pensamento que não seja o de que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro. Os fatos são que o dia da entrada de Cristo neste mundo não é conhecido. Mas, seja como for, o dia é amplamente observado como o aniversário dEle. Alguns aproveitarão este dia para dar rédeas à lascívia e paixões. Mais uísque será consumido e o pecado será cometido durante esta época mais do que em qualquer outro tempo do ano. Muitos deixarão seus regimes, e estômagos empanturrados serão seguidos por dores de ingestão. Muitas igrejas apresentarão programas para a alegria da natureza carnal. Cantatas e dramas suplantarão a pregação do evangelho. É uma época de diversões e brincadeiras, de prazeres e de boa vontade. Misturado a tudo isto está um trabalho de caridade, no qual participam tanto a igreja quanto o mundo. Muitas cestas de alimentos serão dadas aos famintos e infelizes. Mas em tudo e por tudo, o dia não pode ser denominado como caracterizado pelo amor real a Cristo, cujo nascimento está sendo celebrado. Quando os motivos reais são considerados, o dia não é observado em honra de Cristo. mas sim para a satisfação carnal. Um visitante de outro mundo, o qual não conheça a natureza humana, talvez suponha que Cristo foi amado grandemente por este mundo. Mas para aquele cujos olhos são chamas de fogo, penetrando as máscaras da hipocrisia humana, tudo não passa de um drama enorme de engano e falsidade. Só vou usar meus textos no fim da mensagem. Agora vamos visitar a galeria de quadros das Escrituras e olhar o Homem, Cristo Jesus. Vamos olhá-lo primeiramente através de olhos humanos e depois através dos olhos divinos.

1. Olhar para Cristo com os olhos humanos significa ver o que os homens pensavam dEle. Veremos o que está registrado sobre Ele de acordo com o julgamento humano.

A. Ele não foi muito popular. É verdade que houve um aumento de popularidade quando alimentou os famintos e curou os enfermos. Mas mesmo então, sabia que os homens não eram sinceros nem dignos de confiança. “E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiavam neles, porque a todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem”, João 2:23-25. “Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes”, João 6:26.

B. Ele não foi bem sucedido, de acordo com os padrões de sucesso do mundo. O Senhor Jesus Cristo não acumulou riquezas, não contribuiu com nada para descobertas científicas, nem no campo das artes, nem na arquitetura; não fundou nenhuma instituição de caridade. De acordo com o mundo considera sucesso, nunca houve uma falha maior do que a vida de nosso Senhor.

C. Cristo Jesus não foi grande socialmente falando. Não foi privilegiado em Seu nascimento, era conhecido simplesmente como o filho de pais pobres, que moravam na desprezada cidadezinha de Nazaré. Foi um raiz em terra seca, sem forma nem beleza que causasse admiração nos homens. Sua posição social também foi prejudicada pois comia com publicanos e pecadores. Jesus não fez o menor esforço para entrar na sociedade. Veio, não para ganhar fama social, mas para salvar pecadores. Já pensou alguma vez em Jesus, nosso exemplo e Salvador, pedindo um convite para uma festa da sociedade ou procurando Seu nome na coluna social do Jornal de Jerusalém?

D. Ele também não foi grande politicamente. Pelo contrário, desdenhava a política. Não desejou nenhum cargo político. Ao homem que pediu para resolver a questão de uma herança, respondeu: “Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?” Lucas 12:14. Jesus recusou-Se a Se aliar e a Se opor aos governos do mundo. Recusou-Se a ser exaltado por Seus admiradores inconstantes, e fugiu quando tentaram fazê-lo rei. Sua posição foi resumida, quando disse: “O meu reino não é deste mundo”, João 18:36.

E. Jesus não foi grande, no sentido religioso. Foi condenado à morte pelos judeus com uma acusação de caráter religioso. Foi chamado glutão e bebedor de vinho, Mateus 11:19. Os líderes religiosos não procuraram Seus conselhos. É verdade que um deles, Nicodemos, veio a Ele, escondido pelas sombras da noite, para falar sobre assuntos religiosos, mas Cristo foi ter com ele com a afirmativa cortante de que ele precisava nascer de novo. A sede da religião era em Jerusalém, mas Ele não lhe deu a mínima cooperação. Dirija Se aos religiosos daquele tempo com expressões tais como: “raça de víbora”. A outros dizia: “Tendes por pai o diabo”.

F. Jesus não foi grande como pregador. Seu primeiro sermão registrado foi em Nazaré, a terra natal, e o povo que O ouviu ficou tão enfurecido que tentou matá-lo, Lucas 4:16-29. Quando pregou sobre o pão da vida, muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso, quem o pode ouvir”, João 6:60. Ao pregar sobre a depravação total, no qual disse: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não trouxer”, João 6:44, muitos lhe deram as costas e não O seguiram mais. Seu ministério foi interrompido por uma morte vergonhosa. O mundo não podia agüentar o Filho de Deus por mais tempo. Ele foi o mais desprezado e o mais rejeitado dos homens. Os hipócritas não se sentiam bem diante dEle e buscaram alívio para este mal-estar matando-O.

Tal foi a vida de Cristo aos olhos dos homens. O anti-Cristo será grande diante dos homens.

2. Vamos agora dar uma olhada como Jesus foi considerado a vista de Deus. Aqui a história é completamente diferente. Vamos considerá-lo.

A. Em Seu caráter pessoal. Ele foi muito popular para Deus. Era a alegria diária de Deus e com Ele o Pai estava sempre satisfeito. Em cada ponto onde o homem falhou, Cristo foi sucesso.

(1). Ele não tinha vontade própria. Vivia em comunhão íntima com a vontade de Deus. Podia dizer com toda sinceridade: “Seja feita a sua vontade, não a minha”.

(2). Obedeceu perfeitamente; até a morte de cruz.

(3). Viveu uma vida de fé perfeita. Foi a maior exemplo de fé.

B. Em Seu caráter como Mediador, foi condenado e justificado. Como mediador tornou eficaz a reconciliação entre Deus e os homens. Para fazer isto, Ele, que é Deus, assumiu a natureza humana, e assim tornou-Se a Deus-homem. Desta maneira pode tocar tanto Deus quanto homem, o que é essencial para o sucesso de um mediador. Na salvação dos homens, a lei de Deus tem que ser mantida. A única maneira de mantê-la é satisfazendo-a. Cristo veio para prestar esta satisfação no lugar daqueles que não podiam.

(1). Cristo foi condenado e sentenciado à morte como o substituto do pecador. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”, 2 Coríntios 5:21. Aquele que pessoalmente não tinha pecado, foi considerado culpado oficial e representativamente. Isto explica o castigo terrível dado por Deus, o qual O fez clamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”. Mateus 27:46.

(2). Cristo foi justificado e ressuscitado dos mortos. Cristo recebeu a cobrança pelos nossos pecados e em Sua morte, o pagamento foi feito. Deus O ressuscitou dos mortos para reconhecer que a satisfação tinha sido dada a Sua lei. Quando a satisfação é dada à justiça não pode haver mais condenação. Chegamos agora aos versículos do nosso texto: Isaías 50:6-8, Hebreus 1:5-6, Apocalipse 1:5, Atos 13:13.

A ressurreição de Cristo é chamada Seu nascimento. Neste dia Ele começou a viver para Deus; a morte não mais tinha domínio sobre Ele. Nosso Senhor teve dois aniversários. No Seu primeiro nascimento, Ele nasceu para morrer; no segundo nasceu para viver para sempre.

Seu povo não está ligado a Ele no primeiro nascimento, mas no segundo. O Cristo que nasceu sob a lei, morreu; o Cristo que satisfez a lei está vivo. É este o Cristo com o qual casamos, Romanos 7:3-4.

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