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Pergunta 86 – O que significam as palavras: “até que venha”, usadas pelo apóstolo Paulo em referência à Ceia do Senhor?

86. Pergunta. O que significam as palavras: “Até que venha”, usadas pelo apóstolo Paulo em referência à Ceia do Senhor?

Resposta. Elas ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo virá outra vez; o que é a alegria e esperança de todos os crentes (1).

As ordenanças são importantes à vida da igreja neotestamentária. Elas pregam claramente e detalhadamente a pessoa inocente, a obra salvadora e a nossa esperança em Jesus Cristo. Mesmo sendo responsabilidades solenes elas não devem ser observadas às portas fechadas, mas abertas para que a todaosseja proclamado o evangelho de Jesus Cristo.

Pelo fato de as ordenanças pregarem Cristo tão claramente é importante que elas sejam observadas à risca. Não há margem de erro, pois qualquer erro refletiria na própria pessoa de Cristo, a sua obra e a nossa esperança. Se trocássemos o modo de batismo por outro, ou se usássemos pão da padaria ou de fôrma, algo levedado, uma mensagem comprometida estaria sendo proclamada. A verdade sempre perde numa troca.

As duas ordenanças mantêm pura a congregação dos santos. A primeira, o batismo, não permite que uma pessoa não regenerada seja membro, e a segunda, a Ceia do Senhor, sempre traz ao exame o andar dos que fazem parte daquela igreja que a administra.

A correta observação das duas ordenanças é importante para que uma igreja neotestamentária, batalhe “pela fé que uma vez foi dada aos santos”, Judas 1.3.

J. M. Carroll no seu reconhecido livro, O Rastro de Sangue, destaca a importância das ordenanças para traçar a linhagem daquela igreja que Cristo instituiu até os dias de hoje. Ele diz na página 16 do seu livro Rastro de Sangue:

“Desejamos agora chamar sua atenção para alguns dos característicos ou sinais desta religião – a religião cristã. O leitor e eu vamos traçar uma linha através destes 20 longos séculos, e com especialidade, através dos 1.200 anos de trevas da meia-noite, escurecidos pelos rios e mares do sangue mártir, razão porque necessitamos compreender bem estes característicos. Eles serão muitas vezes terrivelmente desfigurados. Não obstante haverá sempre algum característico indelével. Mas ainda nos deixarão de sobreaviso, cuidadosos e suplicantes. Encontraremos muita hipocrisia como também muita farsa. É possível que até escolhidos sejam enganados e traídos. Desejamos se for possível, traçar através da história verossímil, mas principalmente através da história verdadeira e infalível, palavras e característicos da verdade divina.”

Depois dessa afirmação ele lista as características desta organização que tem como fundador, o próprio Jesus Cristo. O quarto e o quinto destas características ele diz:

“4. À Igreja foram dadas duas ordenanças, e somente duas, o Batismo e a Ceia do Senhor. São memoriais e perpétuas.”

5. “Somente os “Salvos” eram recebidos para membros das Igrejas. (At. 2.47). Eram salvos unicamente pela graça, sem qualquer obra da lei (Ef 2.5, 8, 9). Os salvos e eles somente deviam ser imersos em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19). E unicamente os que eram recebidos e batizados participavam da Ceia do Senhor, sendo esta celebrada somente pela Igreja e na capacidade de Igreja.” (pg. 18, edição Letra Grande, Imprensa Palavra Prudente).

Entre dez provas da linhagem de uma igreja verdadeira, as duas ordenanças pesam forte nessa prova para identificar-nos com as igrejas neotestamentárias.

Pela falta de levar séria a ordenança da Ceia do Senhor, Deus tem afligido em alguns desobedientes com enfermidades e, em alguns outros, a morte (I Co 11.27-30, “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 29 Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. 30 Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.”).

“As maiores catástrofes acontecem em conseqüência da desobediência aos mandamentos; as maiores bênçãos vêm em conseqüência da obediência aos mandamentos.” – H.G. Weston.

Versículo para Memorizar: Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”

86.1. Elas ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo virá outra vez; o que é a alegria e esperança de todos os crentes (1).

Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”

I Tessalonicenses 4.16, “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”

No batismo quando lembramos a morte vicária de Cristo para os Seus, somos lembrados também da Sua ressurreição, e, portanto, o fato que Ele vive hoje. Na Ceia do Senhor trazemos à memória a Sua morte vicária e pelas palavras “até que venha”, a sua ressurreição também é lembrada. Todavia somos ensinados não somente da Sua gloriosa vitória sobre a morte, Satanás e o pecado, mas que o Pai O aceitou de volta como o Salvador dos pecadores.

Além dessa vitória e exaltação de Cristo pelo Pai, as palavras “até que venha” nos ensina que todas aquelas promessas que Jesus falou sobre a Sua volta serão cumpridas com a mesma certeza e exatidão das profecias pelos profetas da Sua primeira vinda e das Suas próprias promessas de ser vitorioso sobre a morte, o pecado, e Satanás. Entre muitas outras passagens, destacamos a profecia de Cristo em João 14.1-3, “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”

Se Cristo não ressurgiu da morte, além de falsos profetas, somos, de todos os homens, o mais miseráveis. A nossa fé é vã, a pregação nossa é vã, os que já morreram crendo na vitória de Cristo, são perdidos, e nós ainda permanecemos nos nossos pecados. Mas de fato Cristo ressurgiu dos mortos (I Co 15.14-20).

Se Ele não fosse exaltado pelo Pai, teríamos em Jesus Cristo apenas um bom exemplo de um mártir. Mas Cristo foi aceito de volta ao seio do Pai e exaltado acima de todo o nome (Fl 2.9-11). Prova disso é a descida do Espírito Santo (Jo 14.16; 15.26; 16.13,14; At 2.33).

Se Cristo não vai voltar do céu e nos levar a Ele, temos somente uma esperança seca que não nos conforta nos sofrimentos por Ele nesse mundo. Mas Ele é fiel e vai voltar como Ele foi, e cada vez que lembramos a Ceia do Senhor renovamos alegremente essa esperança que nos incentiva a nos sacrificarmos a nós mesmos em face das aflições e perseguições.

A frase, “até que venha”, prova que sempre terá na face da terra uma congregação neotestamentária e que Deus por Cristo receberá adoração pura até o fim dos séculos, apesar da malícia de tiranos e hereges, pois a Ceia do Senhor deve ser lembrada por um ajuntamento verdadeiro sem cessar, interruptível, até aquele dia que Ele venha – John Trapp’s Commentary, Online Bible, Ver. 2.00.02, jan 2006.

Além de afirmar que haverá igrejas para preservar essa ordenança, prova também que haverá ministros nessas igrejas preservadas para administrar a Ceia do Senhor (Gill).

A frase “até que venha” nos manifesta que a crença da volta de Cristo literalmente a terra era crida pela igreja primitiva e era necessário continuar até o dia quando não mais seria necessário ordenanças para nos relembrar dele, ou seja, a volta dEle, pois, então, veremos Ele como Ele é (I Jo 3.2).

A frase “até que venha” pode ser um imperativo, ou mandamento de anunciar a Sua morte ate que venha, pois pode ser que haja uns displicentes que não focalizam durante a Ceia do Senhor a Sua morte por eles – Gill’s Expositor, Online Bible, Ver. 2.00.02, jan 2006.

A frase “até que venha” nos ensina que a Ceia do Senhor não somente trata do passado mas aponta ao futuro também.

“Até que venha” lembra da prática da ordem no Velho Testamento, na noite da Páscoa, quando os pais ensinaram os seus filhos o porquê da cerimônia. Aquela noite diferente das outras em que não permitia pão levedado, comia somente as ervas amargas e a carne assada do cordeiro, ou do cabrito, se lavaram duas vezes, comiam não sentadas mas vestidos e prontos para viajar, os pais deram instrução aos seus filhos (Ex 12.1-20, 26-27).

Assim a declaração do sacrifício de Cristo em simbologia na Ceia do Senhor foi posta em todas as igrejas para ser sempre lembrada até a Sua segunda vinda. O homem tem memória curta, contudo para a glória de Deus e a alegria do Cristão, o preço da sua redenção e a esperança gloriosa deste Redentor voltar em vitória é anunciado continuamente pela Ceia do Senhor.

Versículo para Memorizar: Atos 1.11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”

A Ceia do Senhor tem algo a ver com a sua fé?

A sua esperança é simbolizada nela?

Tem alegria nessa esperança da volta de Jesus?

Compilado pelo Pastor Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008 e
Robson Alves de Lima 11/2011 Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Published inBíbliaCatecismo de C. H. Spurgeon