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Pergunta 48 – O que se exige no terceiro mandamento?

48. Pergunta. O que se exige no terceiro mandamento?

48.1 Resposta. O terceiro mandamento exige o uso santo e reverente dos nomes (1), títulos e atributos (2), ordenanças (3), palavra (4) e obras (5) de Deus.

Como vimos anteriormente, os quatro primeiros mandamentos tratam dos deveres do homem para com Deus. O primeiro nos ensina a quem devemos adorar, enquanto o segundo, a maneira como devemos adorar. Este terceiro mandamento nos informa a respeito da exigência de Deus quanto a forma reverente ou o correto espírito de adoração – R. Crisp.

Salmo 29:2. “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome”.

Os nomes na língua hebraica têm sempre um significado. O nome de Deus representa tudo o que Ele tem revelado a Seu respeito. Isto inclui Seus nomes, títulos, atributos, autoridade, palavra e adoração. Confiar no nome de Deus é confiar em Seu poder, amor e sabedoria (Provérbios 18:10; Salmo 20:1). Conhecer o nome de Deus é conhecer a respeito dEle (João 17:6). Pregar o nome de Deus é fazê-Lo conhecido (Atos 9:15). Agir no nome de Deus é agir sob Sua autoridade (Mateus 28:19; II Tessalonicenses 3:6). O lugar que Deus tem colocado Seu nome é a instituição onde reside a autoridade para trabalhar (Mateus 18:20; I Reis 8:29) – R Crisp.

Quando é que tomamos o nome do SENHOR em vão?

1. Quando oramos a Ele sem fé. O que não é de fé, é pecado, Rm 14.23, “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” Aquele que não tem fé quando ora faz Deus mentiroso (I Jo 5.10) pois Deus promete um ouvido aberto para aquele que O busca de todo coração- Hb 11:6, “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”. Portanto, ore segundo a vontade dEle com fé para não tomar o Seu nome em vão.

2. Quando juramos em Seu nome comumente ou superficialmente. Há juramento lícito – Dt 6.13, “O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo Seu nome jurarás” (Hb 7.16) como aquele diante de um ofício da lei. Jurar inadequadamente será usar o nome de Deus por coisas mundanas como em manifestações de ira. Desses juramentos Cristo proíbe – Mt 5.34-37, “Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 36 Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna”. Estes que tomam o nome de Deus banalmente são iguais àqueles tolos que juraram a fazer algo contra a vontade de Deus (At 23.12). Desculpar um hábito ruim por ser um hábito ou costume é de agravar a ofensa pois peca quando toma o nome de Deus em vão e depois defende o pecado por dizer que aquilo que é abominação a Deus é coisa de nada. “Quem blasfema Cristo hoje enquanto Ele está no céu fazem o mesmo daqueles que crucificaram Ele quando Ele estava na terra” (Agostinho).

3. Quando mencionamos o SENHOR em relação a uma ação pecaminosa. Temos o exemplo de Absalão (II Sm 15.7-10). Quando batizamos qualquer ação pecaminosa com o nome da Divindade é tomar o nome de Deus em vão. Note a blasfêmia do Papa quando procura estabelecer uma tradição ou proclamar uma crença herética e diz: Em nome de Deus (in nomine Dei).

4. Quando juramos em nome de Deus a fazer algo e depois não o cumprimos. É um voto bom quando se cumpre o que vota a fazer, mas “Melhor é que não votes do que votares e não cumprires” Ec 5.5; Sl 66.13,14, “Entrarei em tua casa com holocaustos; pagar-te-ei os meus votos, 14 Os quais pronunciaram os meus lábios, e falou a minha boca, quando estava na angústia”. O juramento bobo não deve ser feito nem cumprido – Jz 11.31.

5. Quando falamos mal de Deus murmurando contra as Suas providências. Julgamos Deus injusto quando reclamamos das Suas obras (Nm 14.27). Portanto, faça tudo sem murmurações (Fp 2.14) T. Watson, pgs. 84-92. “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos”, Fp 4.4

Se Deus não julga os que tomam o Seu nome em vão nessa vida (Lv 24.23), certamente fará no julgamento final (Mt 12.36, “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”).

Versículo para memorizar: Ex 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.

48.2 Resposta. O terceiro mandamento exige o uso santo e reverente dos nomes (1), títulos e atributos (2), ordenanças (3), palavra (4) e obras (5) de Deus.

Apocalipse 15:3-4. “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome?”

A Penalidade – Êxodo 20:7

Toda lei carrega uma penalidade para aquele que a desobedece. Este mandamento traz consigo um aviso específico. Sem dúvida isto é mencionado devido a tendência insolente do homem pensar a respeito deste pecado. A maioria nem sequer reconhece este pecado. Eles pensam que a adoração falsa ou formal é boa. Mesmo aqueles que xingam e praguejam, defendem esta prática como sendo “somente palavras” (Mateus 12:36-37).

Lembre-se que mesmo na sociedade o homem pode ser processado por calúnia ou por infringir direitos autorais. Muitos vão à justiça por algo dito a respeito deles ou da sua família. Os juízes penalizam aqueles que faltam com o devido respeito ao tribunal. Quanto mais culpados serão os homens por abusar ou fazer mau uso do nome de Deus ou faltar com a devida reverência para com Sua Palavra ou pessoa!

Versículo para memorizar: Ex 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.

48.3 Resposta. O terceiro mandamento exige o uso santo e reverente dos nomes (1), títulos e atributos (2), ordenanças (3), palavra (4) e obras (5) de Deus.

Eclesiastes 5:1. “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal”.

Ele não somente demanda reverência e o devido respeito aos nomes e títulos de Deus, mas também a tudo o que diz respeito a Ele e a Sua Igreja. Nós somos proibidos de adorá-Lo de maneira errada ou negligente (Salmo 111:9). Seu nome deve ser “santificado” ou separado (Mateus 6:9). As coisas consagradas e associadas a Deus, como por exemplo a igreja e as ordenanças da igreja, devem ser devidamente respeitadas. Os deveres para com o nome de Deus implícitos aqui são os seguintes:

A. Amor – Amor cumpre esta lei e também todas as outras (Romanos 13:10). Somente aqueles que verdadeiramente amam a Deus é que guardam este mandamento (Salmo 5:11; Isaías 26:8). Mateus 6:9 nos ensina que o foco apropriado da oração vem somente daqueles que amam o nome de Deus e desejam vê-Lo glorificado.

B. Temor – Uma devida reverência a Deus é exigida (Deuteronômio 28:58).

C. Confiança – Nada honra mais a Deus do que a nossa alegre confiança nEle (Salmo 33:18-21).

D. Glória – Nós deveríamos pensar, falar e agir para a glória de Deus (Isaías 25:1; Salmo 113:1).

O devido respeito para os cultos da igreja convém ser mencionado aqui. Respeitar os cultos com a sua presença é boa, mas a sua presença preparada é melhor. A preparação individual e familiar convém. Uma boa noite de descanso antes de vir ao culto dominical matinal é melhor do que múltiplos métodos de psicologia na tentativa de controlar filhos cansados e mal-humorados. Oração e leitura bíblica doméstica vão longe na preparação para ter o proveito máximo dos cultos. Uma lembrança aos filhos pequenos que a hora de ir ao banheiro é antes ou depois dos cultos treina-os que os cultos merecem respeito. A mesma pode ser dito aos adultos sobre a prática de silenciar os celulares antes da abertura do culto.

Se a preparação para ir ao culto pede cuidado também o próprio culto pede respeito. O barulho excessivo feito por virar as folhas de livros, o deixar de cair canetas, lápis, marcadores, brinquedos, etc., deve ser repreendido na hora para que a devida atenção respeitosa ao culto prestada pelos outros não seja prejudicada. Tudo que pode ajudar um ambiente respeitoso na igreja é recebido a Deus como louvor (Hc 2.20, “Mas o SENHOR está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”).

Os elementos que sobram da ceia não têm valor espiritual, mas nem por isso devem ser comidos no meio de piadas na frente da igreja logo depois do culto. Podemos lembrar que Jesus, depois a ceia cantou um hino e saiu (Mt 26.30; Mc 14.26). Sem dúvida Ele levou consigo o espírito do culto reverente por um tempo a mais depois do culto sombrio. Se vai comer ou beber o que sobra, faça-o em casa, bem depois do culto dado em memória da morte de Jesus.

Ec 5.1, 2, “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.2 Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras”.

Versículo para memorizar: Ex 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.

48.4 Resposta. O terceiro mandamento exige o uso santo e reverente dos nomes (1), títulos e atributos (2), ordenanças (3), palavra (4) e obras (5) de Deus.

Salmo 138:2. “Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandece a tua palavra acima de todo o seu nome”.

Versículo para memorizar: Ex 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.

48.5 Resposta. O terceiro mandamento exige o uso santo e reverente dos nomes (1), títulos e atributos (2), ordenanças (3), palavra (4) e obras (5) de Deus.

Jó 36:24. “Lembra-te de engrandecer a sua obra, que os homens contemplam”.

Deuteronômio 28:58-59. “Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu Deus, então o Senhor fará espantosas as tuas pragas”.

O homem quebra esta lei quando utiliza os nomes, títulos, atributos, Palavra de Deus ou as obras de Deus por qualquer outra razão que não seja o desejo de honrá-Lo. Isto pode ser feito da seguinte maneira:

1. Não se deve falar das coisas divinas em vão ou sem propósito, muito menos ainda em piadas ou brincadeiras.

2. Não devemos falar, adorar, ou invocar o Senhor sem a devida reverência. A majestade é um atributo de Deus. A irreverência tem sido uma característica da adoração pagã e moderna (I Rs. 18.26-29; Ex 32.5,6).

3. O nome de Deus nunca deve ser utilizado de forma vã ou para amaldiçoar alguém (Jeremias 23:10; 23.16-17). Há, no entanto, colocações corretas e justas (Gálatas 1:8; I Coríntios 16:22).

4. O nome de Deus não deve ser usado em juramentos desnecessários, quando um simples “sim” ou “não” é suficiente (Tiago 5:12; Jd. 1.9).

5. Como é assustador pensarmos que alguém pode ir tão longe a ponto de blasfemar ou insultar Deus. Há um tipo de blasfêmia que é imperdoável (Mateus 12:31-32).

6. Eufemismos devem ser evitados. Eufemismo é a forma branda de dizer certas coisas, ou suavizar as palavras. Tome cuidado com o uso de expressões que imitam o som similar aos dos nomes ou dos títulos de Deus. É comum vermos pessoas dizendo: Ai meu Deus, meu Jesus, meu Jesus Cristinho, ó Deus no céu, vixe!,etc.

7. Os homens tomam o nome de Deus em vão quando tentam justificar suas maldades. Isto inclui toda falsa adoração ou falsa doutrina ensinada como a verdade de Deus. Os homens que pregam o falso evangelho estão tomando o nome de Deus em vão. Ex: I Co. 11.17-22, cear de forma errada..

8. O nome de Deus é usado de maneira vã quando utilizado para lucro próprio. Isto condena aqueles que entram no ministério ou mesmo gravam musicas Cristãs por mero interesse material. Pense naqueles que se unem a uma igreja apenas visando negócios ou por motivos políticos – At. 8.18-19; Jd. 1.11-19.

9. Toda a adoração fria ou formal é uma transgressão ao terceiro mandamento. Esta lei é quebrada com maior freqüência na igreja do que em lugares mundanos. Vamos nos lembrar de termos os nossos corações sintonizados antes de virmos adorar ao Senhor (Mateus 15:8; Jo 4.24).

10. As pessoas que falsamente confessam ser filhos de Deus estão tomando o nome de Deus em vão. Professar Cristo como Salvador é tomar o Seu nome (Atos 11:26). Estejamos realmente certos de que Ele é realmente o nosso Deus (Deuteronômio 28:58-60).

11.Quando nós professamos a Cristo como Salvador e O desonramos com as nossas vidas estamos tomando o Seu nome em vão (Romanos 2:17-24).

O Uso desta Lei

A lei de Deus conduz o homem a convicção do pecado (Romanos 3:19-20). Este terceiro mandamento tem freqüentemente conduzido o homem a enxergar a sua culpa diante de Deus e a necessidade de um Salvador. Sem o novo nascimento o homem nunca irá reverenciar a Deus.

Este mandamento nos ensina, como cristãos, o dever de manter nossos corações sintonizados para a adoração e o serviço de Deus (Provérbios 4:23). A glória de Deus deve ser o nosso primeiro objetivo (Mateus 6:9).

Que nós possamos, como igreja, aprender bem a nossa responsabilidade de louvar e honrar a Deus na adoração pública (Salmo 89:7) – R. Crisp

Compilado pelo Pastor Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008 e
Robson Alves de Lima 11/2011 Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Published inBíbliaCatecismo de C. H. Spurgeon