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Estudo sobre Gênesis 36 e 37

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INTRODUÇÃO

Gênesis é o livro dos inícios. Nele encontramos dez relatos de gerações:

1. O Universo – Gênesis 2:4.

2. Adão – Gênesis 5:1.

3. Noé – Gênesis 6:9.

4. Os filhos de Noé – Gênesis 10:1.

5. Sem – Gênesis 11:10.

6. Terá – Gênesis 11:27.

7. Ismael – Gênesis 25:12.

8. Isaque – Gênesis 25:19.

9. Esaú – Gênesis 36:1.

10. Jacó – Gênesis 37:2.

GÊNESIS 36

As gerações de Esaú passaram de forma quase abruptamente. No entanto, temos os nomes de suas esposas e descendentes, e também o relato deles se unindo com os Horeus. Eles ficaram conhecidos como os Edomitas.

Do ponto de vista mundano, os descendentes de Esaú foram muito prósperos [Gênesis 27:39-40]. Enquanto Israel era apenas um pequeno clã, os Edomitas desfrutaram do poder político e realeza. É bom notarmos esta característica: Riqueza material e poder não são uma marca garantida do poder divino. A nação de Deus se desenvolveu lentamente e cercada de aflições, mas ainda assim os propósitos de Deus foram realizados de acordo com os Seus planos. Quantas vezes o “verdadeiro Israel” é tentado a invejar os “Edomitas” deste mundo [Salmo 37:1-7; 34-40].

GÊNESIS 37

Aqui tem início a história de José. Ela é sem dúvida a história favorita de muitas pessoas. Nela encontramos maravilhosas ilustrações da providência especial de Deus para com Seu Povo [Romanos 8:28]. Temos aqui a garantia de que a má intenção do homem não pode impedir o gracioso poder de Deus para com Seu povo.

I. EM CANAÃ – VERSÍCULO 1.

Os patriarcas viveram como estrangeiros na terra que Deus havia prometido a eles. Israel só iria tomar posse desta herança centenas de anos mais tarde.

II. JOSÉ – VERSÍCULO 2.

Aqui encontramos José, cujo nascimento é recordado em Gênesis 30. Notamos o seu bom caráter mesmo na adolescência. E isto é ainda mais marcante quando comparado com a fraqueza de caráter de seus irmãos mais velhos. José não era do tipo que seguia a multidão. Quando lemos a respeito dele contando a Jacó as más obras de seus irmãos, é para que o seu bom caráter seja ressaltado.

Podemos notar, que a maioria dos pais das doze tribos tinha uma conduta questionável. Certamente que a poligamia, aliada ao ciúme e a maldade, foram os responsáveis por boa parte disso. Devemos aprender que a graça não pode percorrer por linhagens de família. Embora Deus tenha executado Seus propósitos através de Israel, como uma nação escolhida, a maioria deles nunca conheceram pessoalmente a Deus. Nem todos os descendentes de Abraão foram como José, e por isso, nem todos eram filhos espirituais [João 8:39, Gálatas 3:29].

III. A TÚNICA DE VÁRIAS CORES – VERSÍCULOS 3-4.

José era o preferido de seu pai. Jacó fez para ele uma túnica especial que revelava a sua posição de preeminência [II Samuel 13:18].

Podemos nos perguntar se Jacó agiu corretamente em tudo isto. Ele certamente deve ter se lembrado dos problemas que o favoritismo tinha causado no lar dos seus pais. Isto o havia separado de sua mãe, assim como o separaria de José. É mais fácil emular a fraqueza dos pais do que seguir o exemplo de seus pontos fortes. Note, entretanto, que até mesmo a tolice do homem pode ser usada para que a soberana vontade de Deus seja executada. A raiva dos irmãos de José, como a de Esaú, somente favoreceu o plano de Deus [Salmo 76:10].

IV. O SONHADOR – VERSÍCULOS 5-11.

Para piorar o ciúme dos seus irmãos, José teve dois sonhos que mostravam a sua exaltação futura. Muitos acham que José errou ao contar estes sonhos aos seus irmãos, pois só criou mais ciúmes. Eu não posso concordar com isso. José parece ter entendido que estes sonhos eram proféticos e que vieram por impulso divino. Como nas profecias, eles precisavam ser contados para que, nos eventos futuros, fosse reconhecido que a Palavra de Deus estava sendo cumprida. Os sonhos foram literalmente cumpridos quando José foi feito governador no Egito. Não há dúvidas que todos os envolvidos lembraram destes sonhos, e sabiam que Deus havia preservado Sua Palavra.

V. JOSÉ PROCURA SEUS IRMÃOS – VERSÍCULOS 12-17.

Siquém ficava cerca de 80 km de onde José estava, e Dotã a 40 km de Siquém, seguindo pela rota comercial.

VI. UM PLANO PERVERSO – VERSÍCULOS 18-28.

É chocante o fato daqueles homens considerarem o assassinato do próprio irmão. Dificilmente acreditaríamos nisto se não tivéssemos visto anteriormente o caráter deles [Gênesis 34]. Não podemos deixar de notar que eles estavam lutando contra a profética Palavra de Deus [ver. 19-20].

Novamente, não podemos deixar de ver a providência maravilhosa de Deus. Embora a vida do homem possa parecer um grande emaranhado, e cheia de embaraço, Deus está tecendo o tapete dos Seus planos. José, seus irmãos e os ismaelitas sabiam muito pouco a respeito do que Deus estava fazendo.

VII. SOFRIMENTO – VERSÍCULOS 29-35.

Aqui ficamos sabendo que Rúben tinha planejado resgatar José. Será que ele estava tentando cair nas graças de seu pai novamente? Nós não sabemos. Mas, ele aparentemente estava sendo sincero no seu sofrimento.

A reação de Jacó ao ver a túnica ensangüentada, deve ter feito com que até os empedernidos irmãos de José se sentissem miseráveis. A vida de Jacó estava centralizada em José. Eles devem ter sentido que causariam também a morte do pai deles. Mais tarde veremos que a consciência deles realmente os atormentava [Gênesis 42:21].

VIII. JOSÉ NO EGITO – VERSÍCULO 36.

Como gostaríamos saber o que se passava na mente de José. Sabemos que ele não deixou de confiar em Deus. Talvez ele tenha se lembrado que Deus tece a Sua vontade mesmo em uma vida embaraçada.

Published inGuia de estudo para Gênesis