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Pergunta 62 – O que o nono mandamento exige?

62. Pergunta. O que o nono mandamento exige?

62.1 Resposta. O nono mandamento exige manter a verdade entre homem e homem (1), e manter limpo nosso nome (2) e o do próximo (3), especialmente perante um tribunal (4).

Zacarias 8.16, “Falai a verdade cada um com o seu próximo”.

Pv 12.22, “Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu deleite”.

Pv 25.18, “Martelo, espada e flecha aguda é o homem que profere falso testemunho contra o seu próximo’”.

“Quem tem mentira na sua língua tem Satanás no seu coração” – T. Watson.

O Escopo do Nono Mandamento

A Sinédoque sendo usada na elaboração da lei nos ajuda a entender que este mandamento proíbe toda forma de falsidade. A calúnia é simplesmente a pior forma deste pecado (Deuteronômio 19.16-20). O nono mandamento realmente proíbe toda a forma de mentira, fraude, falso testemunho, engano, desculpas, hipocrisia, lisonja, falsas promessas, duplicidade… etc. O amor verdadeiro nos leva a sermos fiéis em nossas palavras e negócios – Ron Crisp.

O Nono Mandamento, v. 16. Este mandamento é para guardar puro o nosso nome e o nome dos outros. Como é que podemos fazer? Sempre dizendo testemunho verdadeiro dos outros. É uma proibição contra mentir de toda maneira. Isto inclui: mentir, maldizer, difamar, mexericar, fofocar, dar impressão falsa, escutar fofoca sem dizer nada, e ficar calado deixando alguém ser enganado quando sabe melhor. Mt. 19.18, Rm. 13.9, Ef. 4.25, 29-32, I Tim. 5.13, Tiago 3 – D Zuhars.

O Nono Mandamento: “Não dirás falso testemunho contra seu próximo” Êx 20.16.

Este mandamento preocupa-se com o bom nome. O nosso e o do próximo;

Proíbe-se falar falsamente sobre qualquer assunto, mentir, planejar ou pretender enganar de qualquer forma nosso semelhante;

Falar injustamente ou danificar a reputação alheia;

Dar falso testemunho contra ele, ainda que seja na conversa cotidiana, caluniar, murmurar e andar com intrigas – Gilberto Stefano

Ajuda para a Honestidade – Ron Crisp

A. Vamos incentivar as nossas crianças a terem um rígido respeito pela verdade. Nosso exemplo pessoal é necessário para que nossas instruções tenham sucesso.

B. Vamos nos lembrar da onisciência de Deus. Ninguém pode enganá-Lo e nenhuma mentira é oculta a Ele.

C. Nós devemos sempre ser bem escrupulosos com nossas palavras e promessas. Vamos considerar cuidadosamente as promessas e compromissos antes de assumi-los. Uma vez que a promessa foi feita, vamos mantê-la a todo custo. Vivemos em uma época em que a palavra do homem não significa nada.

D. Vamos ter todo cuidado quando falamos de outros. Somente aquilo que é absolutamente verdadeiro é que deve ser dito. O que for, além disso, devemos aplicar aquela regra de ouro, ou seja, o conceito moral que nos ensina a tratar os outros como queremos ser tratados (Novo Michaelis Dicionário Ilustrado Volume 1, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1978). As coisas negativas a respeito do nosso próximo só devem ser repetidas se houver uma razão justa (I Pedro 4.8). Efésios 4.15 é um resumo do nosso dever a este respeito.

E. Os cristãos deveriam se recusar a ouvir fofocas e a exposição desnecessária das falhas de outras pessoas. Se for errado fazer fofoca, também o é encorajá-la ao ouvir. Tais tagarelas devem ser repreendidos (Provérbios 25.23).

Cresça em amor e a calúnia será banida pois o amor “Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal”, I Co 13.5.

Versículos para memorizar: Êxodo 20.16. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, e Pv 13.3, “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói”.

62.2. Resposta. O nono mandamento exige manter a verdade entre homem e homem (1), e manter limpo nosso nome (2) e o do próximo (3), especialmente perante um tribunal (4).

I Pedro 3.16. “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo”. Atos 25.10. “Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus”.

A Seriedade do Nosso Discurso – Ron Crisp

A. Nossas palavras podem prejudicar outras pessoas. O homem que diz “são só palavras” é um tolo. Palavras têm ferido as pessoas mais do que “pedras e paus” (Provérbios 18.21, 10.11, 26.18-19). Mais perigoso ainda é o homem que mente em nome de Deus utilizando-se de Sua Palavra (Mt 4.6).

B. Deus odeia a mentira (Provérbios 12.22). “Odeia” – algo aborrecível, execrável; detestar; moralmente abominável (#8441, Strong’s).

C. Deus julgará toda palavra dita pelo homem (Mateus 12.36-37).

D. A mentira conduz a outros pecados. Uma mentira exige outra. A mentira também é o artifício que o homem confia para se proteger da penalidade de outros pecados. Qual é o homem que trapaçaria, roubaria, cometeria adultério ou assassinato sem que pensasse que ao ser questionado poderia encontrar abrigo na mentira? O homem que sempre é fiel está livre de uma imensidão de pecados (Sl 1.1).

E. A perda da credibilidade é o resultado inevitável daquele que mente. Nenhum mentiroso é bem sucedido em suas tentativas de engano. O mentiroso perde o direito de ter credibilidade e mais cedo ou mais tarde os homens suspeitarão de cada palavra dele.

F. Perda da Paz – O pecado destrói a nossa paz interior e nossa boa consciência. O mentiroso logo se esquece para quem ele falou o que e tem medo de ser descoberto.

G. O inferno é o destino de todos os mentirosos que não foram lavados e transformados pelo Senhor Jesus Cristo (Apocalipse 21.8, Salmo 15.1-3).

Versículos para memorizar: Êxodo 20.16. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, e Pv 13.3, “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói”.

62.3. Resposta. O nono mandamento exige manter a verdade entre homem e homem (1), e manter limpo nosso nome (2) e o do próximo (3), especialmente perante um tribunal (4).

III João 12. “Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro”.

Este versículo quer dizer: Todos, em geral, e nós em particular, sim, até a própria verdade dão testemunha em conjunto da fidelidade de Demétrio. Que bom testemunho!

Falar o que é desonesto contra o próximo é acoitá-lo com a língua (Jó 5.21)

Poucas formas de pecado são mais abomináveis do que o de caluniar. Caluniar é inventar uma mentira contra nosso próximo e circulá-la com intenção maliciosa. O maldizente que espalha o que não se confirmou com uma investigação cuidadosa é tão repreensível quanto a calúnia. ‘Menos dito, menos para consertar’. Também é danoso o silencio (Pv 3.27, “Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo”). Se tiver oportunidade de calar o maldizente com fatos verídicos mas não apresenta-os, faz mal e quebra esse nono mandamento. Lisonja, ou seja, elogio exagerada, é falso testemunho também. Pode ser que não há mandamento menos guardado do que este. Devemos orar continuamente: “Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”, Sl 141.3 – A. W. Pink.

“O escorpião tem o seu veneno na sua cauda, o maldizente tem o seu veneno na sua língua” “Quem levanta calúnia contra o seu próximo, leva Satanás na sua boca. Quem escuta a calúnia, leva Satanás no ouvido” – T. Watson.

O caluniador fere três pessoas: aquele que é caluniado, aquele que escuta a calúnia, e o próprio caluniador. Aquele que recebe calunia contra o próximo é ferido pois ele começa a ter sentimentos de repúdio contra o caluniado. O próprio caluniador fere a sua própria alma, pois faz pecado – T. Watson.

I Tm 3.11, “Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo”. A palavra “maldizentes”, no grego é ‘diabolos’ (# 1228, Strong’s). Essa palavra grega é usada trinta e sete vezes no Novo Testamento. Dessas trinta e sete vezes, trinta e duas vezes são traduzidas “diabo” e três vezes como ‘maldizente’ (I Tm 3.11), e duas vezes como ‘caluniadoras’ (Tt 2.3) ou ‘caluniadores’ (II Tm 3.3 – Concordância FIEL). Praticar calúnia não nos coloca com bom companheiro.

Se você foi atingido pela língua do outro, descanse no fato que Deus é o Vingador. Também, aproveite da situação para crescer na santificação. Observe a atitude de Davi diante a calunia por Simei (II Sm 16.5-11). Quando é caluniado, verifique se é falso. Verifique se tem andado no temor do Senhor. Se tiver pecado, confesse-o. Se a calúnia é falsa, dê graças a Deus por ser impedido pela graça de Deus de fazer tal pecado caluniado. Saiba que o Justo Juiz fará “sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia”, Sl 37.5,6.

Versículos para memorizar: Êxodo 20.16. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, e Pv 13.3, “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói”.

62.4. Resposta. O nono mandamento exige manter a verdade entre homem e homem (1), e manter limpo nosso nome (2) e o do próximo (3), especialmente perante um tribunal (4).

Provérbios 14.5, 25, “A verdadeira testemunha não mentirá, mas a testemunha falsa se desboca em mentiras; 25 A testemunha verdadeira livra as almas, mas o que se desboca em mentiras é enganador.”.

Vindicar o justo caluniado é nobre e necessário como Pedro vindicou os seus colegas no dia de Pentecostes (At 2.5), e, como Jônatas vindicou Davi, o seu amigo, diante o Rei, o seu próprio pai (I Sm 19.4-5).

A lei de Deus sempre revela Seu santo padrão como também a condição do homem perdido. Deus poderia facilmente nos condenar pelo que falamos. A convicção disto mostra aos homens a necessidade de Cristo (Mateus 12.34-37). Da mesma forma nós que já somos salvos usamos da lei como o nosso guia. Nós devemos ser cuidadosos no uso da nossa língua (Salmo 19.14) – Ron Crisp.

Versículos para memorizar: Êxodo 20.16. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, e Pv 13.3, “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói”.

Compilado pelo Pastor Calvin Gardner
Correção gramatical: Edson Elias Basílio, 04/2008 e
Robson Alves de Lima 11/2011 Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Published inBíbliaCatecismo de C. H. Spurgeon