Skip to content

Capítulo 8: Êxodo – 1ª divisão – capítulos 1-18

[Índice]

O Êxodo (A Saída) de Israel do Egito

A primeira divisão de Êxodo é dividida em três divisões. 1. A Saída Planejada. 1-4. 2. A Saída Impedida. 5-11. 3. A Saída Realizada. 12-18.

1. A Saída Planejada por Deus através de Moisés. 1-4.

A Saída Necessitada. 1.

O livro de Êxodo começa com Israel no Egito. José e Jacó com suas famílias já morreram. Muitos anos tem passado desde os dias de Jacó e José. Este povo judaico que chegou no Egito contando 70 pessoas (v. 5) cresceu para ser uma multidão muito grande (v. 7). A prosperidade e crescimento de Israel deixou os Egípcios com inveja e medo de perder a supremacia e domínio sobre os judeus. Além disto outra dinastia (série de soberanos pertencentes a mesma família) levantou-se sobre o Egito que não conheceu (reconheceu) nem respeitou os judeus. Foi por isso que os Egípcios escravizaram os judeus cruelmente. Até o rei do Egito mandou matar todos os meninos nascidos ás hebréias. Satanás sempre tentou acabar com esta nação e principalmente o seu Messias. Observa que isto simboliza o que aconteceu quando Jesus Cristo nasceu. Herodes mandou matar os filhos dos judeus quando Jesus nasceu. Era Satanás tentando matar o Messias. Moisés é simbólico de Jesus Cristo. Moisés escapou da morte pela vontade de Deus para salvar o povo de Deus da escravidão do Egito. Herodes não conseguiu matar o menino Jesus por causa da intervenção de Deus, para que depois pudesse salvar o seu povo eleito da escravidão do pecado e do mundo (simbolicamente o Egito).

Observa também que na Bíblia Israel simboliza o povo de Deus e o Egito o mundo pecaminoso e rebelde. Portanto, o tratamento que Israel recebeu no Egito é simbólico do tratamento que o povo de Deus recebe no mundo agora. Como o Egito se mudou no seu tratamento para com Israel, o mundo é inconstante no seu tratamento do povo de Deus. A bênção do Egito sobre Israel se tornou uma maldição em poucos anos. Só porque o povo de Deus goza na paz e segurança agora do Brasil, não é que continuará assim para sempre. Porque, entre o mundo e o povo de Deus nunca teve paz por muito tempo, e nunca terá até Jesus voltar. É melhor confiar em Deus do que no mundo.

A Saída Antecipada. 2.

Deus já tinha planejado (predeterminado) para mandar Moisés livrar Israel do Egito. Desde a eternidade Deus tinha predestinado e predeterminado mandar o seu Filho para salvar as suas ovelhas do pecado. Apesar de tudo que Satanás, o homem e o mundo fazem para impedir a salvação das ovelhas, o Deus Triúno as salvará e elas estarão afinal na casa celestial com Deus eternamente. Esta verdade é mostrada em Êxodo pelo seguinte: Deus tirou Israel do Egito pela graça através do cordeiro e apesar de tudo que Satanás e o Egito fizeram para não deixar isto acontecer, Deus cumpriu a sua vontade pelo seu poder e Israel chegou na terra prometida afinal.

Quando Moisés nasceu ele foi escondido durante três meses numa arca no rio. Lá a filha de Faraó o achou e o levou para o palácio e Moisés se tornou o filho dela. É maravilhoso ver como é que Deus opera a sua vontade. Um rapaz hebreu que o Faraó mandou matar foi criado na sua própria casa como o filho da sua própria filha. Além disto, a filha de Faraó mandou a própria mãe de Moisés mamá-lo (é isto que criar significa) e a pagou com o dinheiro da tesouraria de Faraó mesmo (2:9). Pelo fato que Moisés tinha uma mãe adotiva da família real, ele estudou nos melhores colégios e foi instruído em toda a ciência dos Egípcios (Atos 7:22). Os Egípcios eram avançados em escrever, matemática, engenheira, astrologia, química e música. É só Deus que pode fazer uma coisa dessa pela sua providência divina e soberana.

Quando Moisés tinha 40 anos de idade ele escolheu pela fé recusar ser chamado o filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus do que gozar do pecado por um pouco de tempo. Ele estimou o vitupério de Cristo maior riqueza do que o tesouro do Egito. Ele deixou o Egito sem temer a ira do rei. Moisés renunciou tudo e se tornou depois o salvador de Israel do Egito. Está vendo Cristo e seu povo nisto?

O fato que Moisés tentou livrar Israel dos Egípcios pela sua própria força não muda o fato que ele escolheu certamente quando renunciou tudo para servir o Senhor. Mas é melhor esperar para o Senhor resolver e fazer a sua vontade no seu próprio tempo do que forçar a situação. Israel nem Moisés estavam prontos para sair do Egito ainda (v. 2:11-14). Os dois tinham que ser preparados para este fim. Israel para aceitar Moisés como seu libertador tinha que ser preparado. Também Moisés tinha que ser preparado para fazer a obra dada por Deus a ele. O homem que faz grandes coisas por Deus é um homem bem preparado. Os 40 anos que Moisés gastou em Midiã foram anos de preparação para ele por Deus. Moisés não começou a sua obra até que tinha 80 anos de idade. Ó que preparação boa! Vale a pena para um pregador gastar um tempo para se preparar bem para ser um bom pastor!!

Em Midiã Moisés ganhou uma esposa (Zípora) gentia. Zípora era a filha de Reuel que fez amizade com Moisés porque ele ajudou as sete filhas dele em dar água para beber ao rebanho que os pastores estavam impedindo. Jetro é chamado o sogro de Moisés também. Jetro e Reuel são o mesmo homem? Pode ser sem dúvida. Jetro pode ser também o cunhado de Moisés (que é o filho de Reuel) que herdou tudo quando seu pai morreu. Porque agora tem passado 40 anos desde que Moisés chegou em Midiã.

Moisés não foi homem qualquer, nem covarde, mas muito corajoso e valente para fazer a coisa certa. Ele mostrou isto quando sozinho defendeu as sete filhas de Jetro e deu água para beber ao rebanho delas. Coragem e valentia são qualidades boas e desejadas na obra de Deus, mas elas tem que ser temperadas com mansidão e humildade. Foi este tipo de coisa que Moisés aprendeu em Midiã. Podemos ver a diferença em Moisés depois de passar 40 anos em Midiã. Antes não tinha esta mansidão e humildade, só depois. Quando ele apareceu no Egito para enfrentar Faraó no poder de Deus, era homem corajoso e valente ainda, mas também manso e humilde (Núm. 12:3). A coragem e valentia sem a mansidão e humildade deixam o homem muito vaidoso e comandante.

Enquanto Moisés estava rejeitado pelos seus irmãos (os judeus) ele ganhou uma noiva gentia. É simbólico de Jesus Cristo que foi rejeitado pelos seus irmãos (os judeus), e durante este tempo da rejeição dos judeus está ganhando uma noiva gentia. Depois Moisés apareceu novamente e foi aceitado por Israel e Moisés a libertou e salvou. É como Jesus Cristo e Israel na sua segunda vinda.

A Saída Precipitada. 3-4.

Enquanto Moisés estava cuidando o rebanho no Monte de Horebe (que é o Monte de Sinai) apareceu-lhe o anjo do Senhor em chama de fogo no meio duma sarça. A sarça ardeu no fogo sem se consumir. Sem dúvida o anjo do Senhor que apareceu e falou com Moisés era o Senhor Jesus Cristo. Nos versículos 3:4-7 diz claramente que é Deus que apareceu na sarça e falou com ele. Sempre na Bíblia a pessoa da Trindade que se manifesta visivelmente aos homens é Jesus Cristo. Foi assim que Moisés foi comissionado para tirar Israel do Egito. Deus se revelou como “eu sou o que sou”, ou simplesmente “eu sou” (3:14). Jesus se identificou por este nome em João 8:56-59 e 18:6, e outras vezes também no livro de João. Deste nome (eu sou o que sou) vem o nome Jeová. Jeová significa “aquele que é autoexistente ou eterno”. Os nomes Josué (nome hebraico) e Jesus (nome grego para Josué) significam “Jeová salva” ou “Jeová o salvador”. Jesus se chamou “eu sou o que sou”. Jesus Cristo é Jeová. Este Deus mandou Moisés livrar o seu povo do Egito para ficar numa terra que manou leite e mel. Deus falou com Moisés que esta vez Israel ia aceitá-lo, porque estava preparado agora para isto. Mas, também avisou Moisés que o Egito não ia aceitá-lo de jeito nenhum. Deus foi glorificado pela destruição dos Egípcios, como foi pela redenção de Israel. Mostra a eleição da graça de Deus. Observa que Israel tinha que passar pela páscoa para deixar o Egito e entrar na terra prometida. Para deixar este mundo e entrar nos céus, tem que ser pelo Cordeiro de Deus sacrificado.

Deus mandou as mulheres de Israel pedir aos Egípcios prata, ouro, vestidos e outras coisas quando saíram do Egito (3:21-22). Foi coisa justa, porque os Egípcios tinham despojados Israel pela escravidão. Agora era para despojar os Egípcios justamente. Este ouro e prata foram usados depois para construir o Tabernáculo? Parece que sim. Observa Êx. 25:1-2.

No capítulo 4:1-18 Moisés deu duas desculpas porque não podia fazer o que Deus tinha mandado. Isto mostra duas coisas. Primeiramente, Moisés aprendeu que não podia fazer a obra de Deus na sua própria força como ele fez primeiramente. Agora ele teve cuidado em fazer as coisas de Deus. Segundamente, agora ele estava inclinado para ser tímido e reservado. Há hora quando timidez é pecaminosa. É quando Deus manda fazer a sua vontade pelo poder dele. Não é para confiar em si mesmo para cumprir a vontade dele, nem desconfiar no poder operando no homem para cumprir a vontade dele. As duas desculpas eram fracas. A primeira mostra (4:1) que Moisés estava olhando mais para o povo do que para Deus. Deus deu três sinais a Moisés para provar que era mandado por Deus para livrar Israel. O sinal da vara que se tornou uma serpente, a mão que ficou leprosa e curada, e a água que se tornou sangue. Deus pode muito bem cumprir a sua vontade através do servo disposto e pronto. A segunda (4:10) colocou confiança demais no ato de falar do homem. A obra de Deus não depende do homem nem da sua boca, mas do poder de Deus operando no homem e na sua boca. Deus pode fazer do homem comum e humilde demais um grande servo pelo seu poder. Depois de ouvir tudo isto Moisés ainda ficou desconfiante e disse (4:13): “Envia a pessoa que acha certa, mas se não der certo, eu já sabia”. Por isso, o Senhor irou-se com Moisés. Porque? Porque Moisés achou que sabia melhor do que o Senhor. Deus resolveu esta desculpa mandando Aarão para ajudar Moisés.

Agora Moisés resolveu as coisas com Jetro e foi para o Egito com toda a sua família. Mas, no caminho Deus encontrou Moisés com a intenção de matá-lo. Porque tinha negligenciado circuncidar o seu segundo filho. Moisés teve dois filhos segundo versículo 4:20. Parece que circuncidou o primeiro, mas não o segundo por causa da sua esposa Zípora que ficou contra. Depois de enfrentar o Senhor no caminho, ela circuncidou o filho, porque sabia que foi para fazer isto ou perder o marido. Observa que eles nem perguntaram porque o Senhor apareceu no caminho para matar Moisés, porque já sabiam porque, a desobediência do mandamento dele. Mas, ela fez com muita raiva não gostando de maneira nenhuma. Depois jogou o prepúcio dele aos pés de Moisés e o chamou esposo sanguinário. Foi coisa muito ridícula, porque foi o mandamento de Deus e não de Moisés. Parece que neste dia Zípora e os dois filhos voltaram para a casa do pai dela e ficaram ali até depois da saída do Egito (18:1-2). Números 12:1-2 mostra que Zípora não aceitou a fé de Moisés e que era mulher rebelde. Depois que Zípora voltou para a casa do seu pai, Moisés foi encontrar Aarão no Egito e anunciar a Israel que foi mandado por Deus para livrá-la da escravidão do Egito. O povo aceitou-o e adorou Deus por isso.

2. A Saída Impedida. 5-11.

Esta passagem conta o duelo entre Moisés e Faraó. Mas, na realidade era entre Deus e Satanás, entre a religião divina e a religião diabólica. Esta luta era para mostrar que Jeová é o único Deus verdadeiro, que Deus tem a supremacia absoluta. Porque Faraó e o Egito nem reconheceram Jeová como sendo alguma coisa, mas mesmo acharam que Ele era nada. “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel”, (5:2). Deus disse em Êx. 9:16 o propósito das pragas do Egito: “Mas deveras para isto mantive, para mostrar o meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra”. Cada uma das pragas era contra um deus dos Egípcios. Deus mostrou que não há deus além do Deus verdadeiro da Bíblia.

Vamos pensar um pouco nos milagres da Bíblia. Em geral na Bíblia, há três grupos de milagres: as pragas do Egito, os milagres feitos por Elias e Elizeu, e os milagres feitos por Jesus Cristo e os apóstolos. Moisés é o primeiro homem para operar milagres na Bíblia pelo poder de Deus. Deus mesmo tinha feito milagres antes, mas o primeiro homem para fazer era Moisés. Não é só estas pessoas que fizeram milagres na Bíblia, porque outras fizeram também. Mas foram casos insolados e não grupos de milagres. Porque a maioria dos milagres da Bíblia vieram em grupos. Deus não operou milagres através do seu povo em todas as épocas da Bíblia, mas só as vezes quando foi necessário para provar e autenticar a verdade e o seu povo. Foi isto que Moisés fez quando apareceu perante Faraó. Foi a mesma coisa com Elias e Elizeu. Jesus Cristo fez milagres para si identificar como o Filho de Deus e o Messias. Depois no Novo Testamento Deus operou milagres através dos Apóstolos para autenticar e identificar a verdade e a igreja verdadeira do Senhor Jesus Cristo. Em cada caso os milagres não continuaram porque serviram para cumprir o seu propósito e não foram mais necessários. É por isso que os milagres agora cessaram, porque já serviram para cumprir o seu propósito na época dos apóstolos. Agora temos uma coisa melhor para identificar e mostrar a verdade, a Palavra de Deus completa (I Cor. 13:8-13).

Também as pragas do Egito serviram para mostrar que Deus faz uma diferença entre os vasos da ira e os vasos de misericórdia. Observa o que diz em Êxodo 11:7: “Mas contra os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas”. É o Senhor que fez e faz esta diferença entre os vasos da ira e os vasos de misericórdia pela sua graça. Deus si glorificou no seu poder e justiça nos vasos da ira (Faraó e os Egípcios). Deus si glorificou na sua graça e glória nos vasos de misericórdia (Israel). Simbolicamente isto fala sobre os eleitos e os não eleitos. Leia Rm. 9:8-23.

3. A Páscoa. 12.

Vamos estudar a Páscoa individualmente porque ensina muita coisa preciosa para os salvos em Jesus Cristo. A Páscoa nos mostra o que Deus fez para salvar os seus escolhidos através do sacrifício do seu Filho Jesus Cristo. A seguir há um sermão completo sobre a Páscoa.

Introdução. “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”, I Cor. 5:7. O Apóstolo Paulo nos diz claramente que a Páscoa simboliza Jesus Cristo e o sacrifício que ele fez de si mesmo para nos salvar da ira de Deus. Jesus Cristo é o cumprimento do cordeiro pascal. Cristo é o cordeiro de Deus sacrificado pelo pecado. Por isso, não precisamos mais deste símbolo do cordeiro, porque temos Cristo que foi sacrificado de verdade para nos salvar da ira divina. Não é ainda para continuar a celebração da Páscoa, porque Jesus já cumpriu uma vez para sempre tudo necessário para nos salvar da ira de Deus. A missa, crucifixo, hóstia, domingo da páscoa, sexta-feira santa, peixe, culto ao amanhecer da páscoa, e ensinar que Cristo foi crucificado sexta-feira e ressuscitado domingo de manhã cedo vem da igreja católica e do paganismo. A Páscoa foi o símbolo do cordeiro de Deus (Jesus Cristo) que foi sacrificado para salvar os eleitos de Deus da ira divina. Observaremos que a Páscoa mostra o que Jesus fez por nós na cruz do Calvário.

A Pessoa do Cordeiro da Páscoa.

1. O cordeiro pascal sempre está falado no singular, apesar do fato que muitos foram sacrificados cada vez que Israel observou-a. Isto mostra que o cordeiro da páscoa falava do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. (João 1:29, I Pedro 1:18-19). Muitos cordeiros morreram em Israel simbolizando “o único cordeiro de Deus que mesmo salva da ira de Deus”.

2. O cordeiro pascal era manso, humilde, submisso e inocente. Como Jesus Cristo que si entregou para ser o sacrifício pelo pecado.

3. O cordeiro pascal tinha que ser sem mácula nenhuma. Jesus nasceu de uma virgem (sem a natureza pecaminosa) e andou no mundo sem pecado. Jesus Cristo era o homem perfeito em todas as maneiras. (Heb. 7:26). Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, é o sacrifício perfeito pelo pecado. (II Cor. 5:21). Na salvação Jesus Cristo é a nossa justiça e quem pagou nosso pecado eternamente.

4. O cordeiro pascal foi um macho de um ano. Jesus Cristo morreu na força de vida (no meio dos seus dias) para salvar-nos. (Sal. 102:24).

A Maneira da Sua Morte.

1. O cordeiro pascal foi tomado do rebanho. Mostra que Cristo se fez carne para ser o Salvador.

2. O cordeiro pascal foi separado 4 dias antes de morrer no dia da páscoa. O cordeiro pascal foi separado assim para que pudesse ser examinado cuidadosamente para um defeito, e só depois que não foi achado nenhum, foi sacrificado. Jesus cumpriu isto literalmente. João 12:1 diz que no dia seguinte Jesus entrou em Jerusalém (Entrada Triunfal) e que estava em Jerusalém durante 4 dias antes da crucificação. Jesus foi examinado pelo mundo e não achou nele crime nenhum.

3. Deus mandou todo o ajuntamento da congregação de Israel sacrificar o cordeiro pascal, foi impossível para Israel matar um só cordeiro. Isto foi feito simbolicamente pelo sacrifício dos cordeiros todos em Israel. Simbolicamente mostra que todo o mundo está culpado pela morte de Cristo. (At. 4:24-28).

4. O sangue do cordeiro pascal foi colocado em ambas as ombreiras da porta, na verga da porta e no limiar da porta. A bacia (v. 22) significa o limiar da porta. Parece que o cordeiro pascal foi morto na entrada da porta da casa. E do sangue que foi derramado no limiar da porta o sangue foi passado nas ombreiras e verga da porta. É um retrato glorioso da crucificação do cordeiro de Deus Jesus Cristo na cruz. Na cruz Jesus tinha sangue na cabeça por causa da coroa de espinhos (na verga), nas mãos estendidas ao lado por causa dos cravos (nas ombreiras), e nos pés, também por causa dos cravos (no limiar).

O Sofrimento do Cordeiro.

1. A páscoa é chamada o sacrifício da páscoa do Senhor. Leia Ef. 5:2, Heb. 9:26 e 10:12. O cordeiro pascal foi um sacrifício vicário ou substituinte. O cordeiro pascal inocente e perfeito morreu no lugar dos culpados de pecado, os primogênitos. Jesus Cristo é o sacrifício vicário ou substituinte. Jesus, o inocente e perfeito cordeiro de Deus, morreu no lugar dos culpados de pecado para salvá-los. Ele morreu no lugar das suas ovelhas como o sacrifício substituinte. Observa João 10:11, 15, Rm. 8:32, I Ped. 3:18.

2. O cordeiro pascal morreu pelo derramamento de sangue. Foi só assim que Deus aceitou o sacrifício. Jesus Cristo morreu derramando o seu sangue para nos salvar da ira de Deus. Pelos espinhos na cabeça, a lança no seu lado, cravos. Ap. 1:5. Heb. 9:22.

3. O cordeiro pascal foi assado no fogo. Jesus Cristo sofreu na cruz a ira de Deus, o inferno que merecemos, o castigo da lei para nos salvar. Lm. 1:12-13. Segundo os judeus o cordeiro pascal foi cortado pelo meio, deixando as suas pernas dianteiras estendidas ao lado, e assim colocado no fogo para ser assado. Pode ver nisto que o cordeiro pascal ficou no fogo na forma da cruz. Jesus Cristo sofreu na cruz a ira de Deus em nosso lugar.

4. O cordeiro pascal não foi cozido em água. Jesus disse quando estava na cruz: “Tenho sede”. Porque sem água? Porque água podia ter diminuído ou impedido o efeito do fogo. Deus o Pai deixou o seu Filho sofrer ao máximo a sua ira sem alívio nenhum.

5. Nenhum osso do cordeiro pascal foi quebrado. Jesus cumpriu isto literalmente na cruz. O corpo dele foi batido, machucado, ferido, os ossos desconjuntados (Sal. 22:14); mas nenhum foi quebrado. João 19:31-33.

6. Nada do cordeiro pascal foi deixado até amanhã. O sacrifício da páscoa foi cumprido numa noite só. Jesus disse na cruz: “Está consumado”. A obra da salvação foi feita e terminada de uma vez para sempre. Jesus não deixou nada para fazer para completar ou terminar a salvação dos seus eleitos até amanhã. Está feito tudo necessário para nos salvar da ira de Deus eternamente. Não é necessário repetir o sacrifício (a missa, ó que mentira) e nem pode. Porque está feito já, e foi Jesus que fez! Aleluia! Heb. 9:12, 10:10-14.

O Dia que Jesus Cristo Morreu. O cordeiro pascal foi sempre sacrificado no dia 14 de Nisã (Abril para nós) a tarde (as quinze horas). Marcos diz (15:34-37) que Jesus morreu exatamente na hora da morte do cordeiro pascal (a hora nona, as quinze). A morte do Senhor Jesus Cristo não foi acidente, mas foi feita pelo conselho predeterminado de Deus. A morte de Jesus Cristo era o cumprimento divino da Páscoa do Senhor. O propósito e o simbolismo da páscoa foram cumpridos em Jesus Cristo como o sacrifício de Deus pelo pecado. João 12:23, 27. 13:1.

O Efeito da Páscoa. O efeito da Páscoa foi a salvação da ira, justiça, castigo de Deus e da morte vingadora. Foi o sangue somente do cordeiro pascal que salvou-os desta morte. Da mesma forma, é só o sangue do Cordeiro de Deus (Jesus Cristo) que pode salvar da ira vingadora divina. “Vendo eu sangue, passarei por cima de vós”. “Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira”, Rm. 5:9.

O Comer da Páscoa.

1. Mostra simbolicamente que somos salvos pela fé no Senhor Jesus Cristo como nosso sacrifício pelo pecado. Os judeus tinham que passar o sangue do cordeiro na porta confiando que Deus ia guardar a sua promessa de não matá-los. Deus mesmo guardou a sua promessa para com eles. Da mesma forma nós os salvos confiamos na promessa de Deus de salvar-nos pelo sacrifício Jesus Cristo que derramou seu sangue para nos salvar da ira dele. Com certeza, a promessa de Deus está segura, ele nos salvou da ira divina eternamente. João 5:24.

2. Deus mandou o povo comer a páscoa com pães asmos. Pão asmo é pão sem fermento. Fermento simboliza pecado e heresia. Era para comê-la com união, comunhão, pureza, motivos puros, vida pura, e sem heresia e pecado. É assim que devemos andar com os salvos da ira de Deus pelo sangue do Cordeiro de Deus.

3. Deus mandou também o povo comê-la com ervas amargosas. Recebemos Jesus Cristo com muita alegria na salvação, mas também com uma tristeza porque sabemos que o nosso pecado custou a vida do nosso precioso Salvador. Somos salvos da ira de Deus eternamente, mas não vamos ficar sem dificuldade, aflição nem problema. O salvo por Jesus Cristo ainda tem coisas amargosas na vida.

4. Quem foi e quem não foi que comeu a páscoa? A família e o servo comprado por dinheiro. (v. 43-44). Para ser protegido da ira de Deus, tem que ser da família de Deus pela fé e comprado pelo sangue do Cordeiro. Mas, os estrangeiros, não circuncidados e assalariados não comeram da Páscoa. (v. 43-45).

Conclusão. Na mesma noite que comeram a Páscoa, eles começaram também a sua viagem para a “terra prometida”. (v. 11). Eles comeram a Páscoa tudo pronto para sair para a “terra de Canaã”. Por causa do Cordeiro de Deus sacrificado estamos no caminho que vai para a “Terra Prometida Celestial” ou a “Canaã Celestial”. Estamos viajando agora numa terra estranha, mas um dia chegaremos na nossa terra celestial onde moraremos para sempre. Eu vou! Também vai? Só pela fé no Cordeiro de Deus que foi sacrificado para salvar o pecador da ira de Deus.

4. A Viagem Começada. 13.

A Bíblia diz em Êxodo 32:11 que Deus “tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão” o seu povo. Israel (o povo de Deus simbolicamente) foi salvo da escravidão do Egito (o mundo simbolicamente) pelo grande poder de Deus e começou o seu andar com o seu Deus. Agora Deus santificou os primogênitos para o seu serviço. Isto foi uma coisa justa e certa porque tinha os poupado lá no Egito. Os salvos pela graça de Deus são separados para ser os servos de Deus. O Senhor deu para eles uma coluna de nuvem para os guiar de dia e uma coluna de fogo para os guiar de noite. A coluna de nuvem ou a coluna de fogo sempre ficou na frente deles para os guiar pelo caminho certo. Isso simboliza o Espírito Santo que guia os remidos pelo caminho de Deus. Os salvos tem um Guia fiel e infalível para os guiar sempre e continuamente pelo caminho certo de Deus. (Rm. 8:14).

5. Atravessar o Mar Vermelho. 14.

A coluna foi na frente deles guiando-os pelo caminho certo. Mas nota que não foi o caminho mais curto nem direto para Canaã. Israel tinha na sua frente dificuldades para enfrentar e inimigos atrás deles para vencer. Mas, Israel nem sabia tudo isso ainda. Deus sabia tudo antemão e foi necessário só que ele soube. É só seguir a coluna (Espírito Santo) pela fé e confiar em Deus para ser guiado pelo caminho certo. Mas nota que Deus guiou o povo para um lugar que ele soube que não tinha saída, o mar na frente, os inimigos atrás e aos lados montanhas e deserto. Não tinha onde correr, menos ao Senhor. Era o propósito dele. Deus ia mostrar ao seu povo mais uma vez que é só ele que pode vencer os nossos inimigos e dificuldades. Também si glorificou pela destruição dos seus inimigos. Deus ainda faz isto com seu povo? Claro que sim. Confie nele irmãos, porque ele sabe o que está fazendo, vai nos ensinar muita coisa. Faz parte do nosso crescimento. Mas, tudo vai dar certo, porque um Guia divino nos protege e ajuda. Na hora certa Deus deu a vitória ao povo dele e completamente destruiu os seus inimigos e dificuldades. Todos sabiam depois que foi Deus que fez. Foi ele que abriu o mar e deixou o seu povo passar sem nem sujar os seus pés, mas o mesmo mar afogou os Egípcios. Observa também que o atravessar do Mar Vermelho simboliza o batismo do remido (I Cor. 10:1-2). É o primeiro passo do salvo depois da sua redenção.

6. Do Mar Vermelho para o Monte de Sinai. 15-18.

O Cântico da Redenção. 15:1-21. Logo depois da grande vitória realizada por Deus, o povo de Deus cantou louvores a Deus. Agora estavam livres dos seus inimigos da escravidão do Egito, dá motivo para louvar a Deus.

A viagem continua, mas não sem provação. 15:22-26. Viajaram ao deserto de Sur onde não tinha água para beber. Tudo não fica fácil na viagem cristã terrestre. É tão rápido que o povo de Deus esquece o poder de Deus para providenciar a necessidade e começa reclamar e murmurar. Mas uma vez Deus resolveu a situação difícil. O povo de Deus estava começando falhar na prova dada por Deus. Cuidado com murmurar quando Deus dá a prova.

Continuaram viajar até a Elim. 15:27. Elim foi um oásis no meio do deserto. Na vida cristã há tempos de prova divina e sofrimento, mas também tempos de bênção maravilhosa. Esta bênção veio só depois de passar pela prova sofredora.

Partindo de Elim chegaram ao deserto de Sim. 16:1-22. Aqui o povo de Deus achou outra razão de reclamar e murmurar. Ó como é que o povo de Deus é um povo para reclamar! Esta vez foi sobre a comida. Eles ficaram lembrando do Egito e da comida de lá. Ó que coisa vergonhosa para ficar lembrando da vida passada mundana e das coisas do mundo com desejo! Mostra que o povo de Deus não é perfeito ainda na sua carne e tem que sujeitar-se a Deus em tudo para não deixar a carne tomar a conta da vida. Nota também que Deus é longânime para com o seu povo, porque mais uma vez supriu a sua necessidade apesar da murmuração com o maná e codornizes. Observa que a palavra maná significa “Que é isto”? (v. 15). No Novo Testamento diz claramente que o maná simboliza Jesus Cristo, a comida espiritual do povo de Deus. (João 6:22-35). É só Jesus Cristo que pode satisfazer a fome espiritual que o povo de Deus tem. Jesus Cristo é o verdadeiro pão dado pelo Pai do céu.

O Sábado. 16:23-36. O sábado do Senhor já era uma coisa observada antes da lei de Moisés recebida no Monte de Sinai. Deus deu para o seu povo um dia em sete para ser preservado para adorar Deus. Agora é Domingo. (Heb. 4:9).

Viajaram a Refidim. 17:1-7. Os Israelitas chegaram em Refidim e começaram reclamar logo pela terceira vez. De novo foi por causa da falta de água. Em vez de orar a Deus e confiar nele para suprir a necessidade, reclamaram. O Senhor mandou Moisés ferir a rocha no Monte de Horebe (Sinai) e saiu bastante água para saciar a sede de todos. A rocha fala de Cristo também (I Cor. 10:4). É só Cristo que pode saciar a sede espiritual do seu povo.

O Ataque dos Amalequitas. 17:8-16. Enquanto Israel estava acampado em Refidim sofreu o ataque dos Amalequitas e tinha que lutar pela primeira vez depois de sair do Egito. Quem era Amaleque? O neto de Esaú (Gn. 36:12). Pensa nisto um pouco. O líder dos soldados era Josué. De onde vieram as armas deles? Parece do Mar Vermelho depois de afogar os Egípcios (14:30). O povo de Deus tem que lutar contra os inimigos de Deus as vezes com certeza. Não seja enganado irmãos, temos inimigos e eles vão nos atacar muitas vezes durante a nossa vida. Deus lutou com eles e nos deu a vitória. Nota que Moisés ficou na frente da luta levantando as mãos aos céus, mas ele não podia continuar assim sem a ajuda do povo de Deus. Um pastor fica na frente do povo de Deus liderando e lutando, mas sem a ajuda do povo de Deus ele vai se cansar e enfraquecer depois de um tempo. Ele precisa da ajuda do povo de Deus para continuar. A obra é do povo de Deus todo. Esta verdade é mostrada também em 18:13-27.

O Encontro com Jetro. 18:1-27. Agora Moisés recebeu de volta a sua esposa e dois filhos. Se lembra da coisa que aconteceu com eles em Êx. 4:19-26?

Published inO Pentateuco