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Estudo sobre Gênesis 43

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Introdução

Enquanto abrimos este capítulo, Simeão está preso no Egito e a família de Jacó novamente está sem comida. A fome força Jacó a confrontar a situação que ele estava tentando esquecer. Durante este período, podemos ver que Deus não apenas está preparando a nação escolhida para entrar no Egito, como também está trabalhando em suas vidas espirituais.

I. A Dificuldade do Dilema – versículos 1-7.

Jacó, devido a sua tristeza, parecia totalmente irracional. Ele sabia que eles necessitavam de comida, mas não podia suportar a idéia de se separar de Benjamim. Parece até que ele havia se esquecido de Simeão. Note, entretanto, um sinal de encorajamento. Jacó é chamado pelo seu novo nome, “Israel”. Isto não era uma indicação de Deus mais uma vez estava se preparando para manifestar Sua graça a Jacó? Muitas vezes, quando a vida parece obscura, o brilho dos graciosos propósitos de Deus está prestes a surgir.

II. A Fiança de Judá – versículos 8-10.

Judá parece ter crescido em caráter e confiança. Jacó confia a ele a responsabilidade de levar Benjamim para o Egito. Jacó se recusou a deixar Rúben, o mais velho, cuidar disso[Gênesis 42:37-38].

Judá usou estes três argumentos para convencer Jacó:

A. Ele cuidaria e seria pessoalmente responsável por Benjamim. (Veremos no próximo capítulo que isto é um quadro maravilhoso da fiança de Cristo por Seu povo).

B. Ele lembra a Jacó que sem comida todos morreriam. E isto incluía Benjamim.

C. A procrastinação não ajudaria em nada.

III. A Decisão de Jacó – versículos 11-14.

Três coisas aqui merecem a nossa atenção:

A. Jacó tomou todas as devidas e possíveis precauções para que a viagem tivesse sucesso. Um valioso presente, ainda disponível em Canaã, foi enviado junto com eles. A confiança em Deus não nos impede de usar de sabedoria e do nosso melhor esforço [Provérbios 18:16].

B. Jacó insistiu para que eles fossem honestos em tudo que fizessem. Talvez o dinheiro tivesse retornado por algum engano. Nós devemos manter a “Regra de Ouro” mesmo quando outros cometem algum engano.

C. Jacó demonstra evidências de seu crescimento espiritual pessoal e sua submissão à vontade de Deus. Ele sabia que somente Deus poderia lhes dar uma viagem segura. Aqui ele permite que não somente Benjamim, mas todos seus filhos partissem imediatamente. Sua última declaração, no versículo 14, demonstra o desejo de deixá-los nas mãos de Deus. Ele está completamente entregue a vontade de Deus [Jó 1:21].

IV. Temor no Egito – versículos 15-25.

José estava ansioso para ver Benjamim enquanto esperava o retorno dos seus irmãos para o Egito. A verdadeira razão para que José exigisse o retorno com Benjamim era testar o caráter deles. Será que eles tinham assassinado ou vendido Benjamim? Eles ainda eram ressentidos e invejosos? Somente tendo conhecimento disso é que José saberia como agir.

Quando eles foram trazidos ao palácio de José, ficaram muito atemorizados. Eles temiam serem acusados de ter roubado o dinheiro que trouxeram para comprar os grãos da primeira vez. Antes que eles entrassem na presença de José, tentaram explicar o assunto ao mordomo dele. Ele lhes tranqüilizou e até trouxe Simeão para vê-los. Eles foram tratados muito bem enquanto se preparavam para jantar com José.

Note: O versículo 23 dá a entender que José havia instruído seus servos sobre o caminho de Deus. As palavras do mordomo, no versículo 23, não devem ser vistas como não sendo verdadeiras, antes como uma declaração de que tudo tinha ocorrido segundo a providência de Deus.

V. O Jantar com José – versículos 26-31.

Nesta cena vemos que o amor de José por sua família não havia esfriado. Ele perguntou a respeito do seu pai e, ao ver o seu irmão mais novo, Benjamim, se retirou para chorar. Como já pudemos notar, José não estava brincando de alguma maneira com os seus irmãos, e nem mesmo queria desnecessariamente impor medo neles. O seu amor era mesclado com sabedoria. Abraçar seus irmãos sem ter conhecimento do caráter deles seria um convite a futuros problemas.

VI. O Teste – versículos 32-34.

Os irmãos de José se sentaram a mesa dispostos segundo as suas idades. Eles ficaram maravilhados, não sabendo como essa informação foi passada. O propósito de José, sem dúvida, era fazer mais mistério. Eles parecem ter percebido que Deus estava trabalhando naquela situação.

Naquelas culturas era comum para o anfitrião dar certas porções especiais de comida a alguns de seus hóspedes. Isto era feito para demonstrar honra. Quanto mais comida fosse oferecida ao hóspede, mais honra lhe estava sendo demonstrada. Quando grandes porções eram oferecidas o hóspede não era obrigado a consumir tudo.

Neste jantar, foi servido a Benjamim, o mais novo, cinco vezes a mais a quantidade oferecida aos seus irmãos mais velhos. José estava testando seus irmãos para ver se eles ainda tinham as mesmas atitudes de ciúme e inveja. Eles ficariam ressentidos com Benjamim como ficaram com José por causa da túnica de várias cores? José deve ter vigiado e prestado atenção para cada uma de suas atitudes. Que teste perspicaz foi este da parte de José.

Conclusão

Os filhos mais velhos de Jacó passaram no teste. José deve ter se alegrado muito com as mudanças espirituais que viu neles. Eles tinham sido limpos do mal da inveja. Entretanto, era necessário mais um teste. Eles permaneceriam ao lado de Benjamim durante uma provação? Eles se preocupariam mais com ele e com os sentimentos do pai do que com o bem estar próprio?

Published inGuia de estudo para Gênesis